Em fevereiro de 2024, depois de quase vinte anos de pesquisa e trabalho, finalmente apresento “Nas entrelinhas, Guia prático de tradução francês-português”.
Késako ?
Às vezes, me refiro a ele como um “não dicionário”, apesar de os verbetes estarem arrumadinhos em ordem alfabética.
Nas entrelinhas é uma obra de referência que reúne apenas palavras e expressões difíceis de traduzir (falsos cognatos, armadilhas), sempre com muitos exemplos*.
A proposta não é oferecer soluções prontas de bandeja (às vezes sim!), mas indicar caminhos organizados por campos semânticos para que o tradutor/leitor/estudante chegue à melhor solução dentro do contexto específico do texto no qual está trabalhando. São mais de 500 páginas que exploram acepções e conotações de aproximadamente mil palavras ou expressões.
Como digo nas primeiras páginas do livro, além dos mil verbetes publicados, tenho mais outros mil na fila de espera. Se fosse publicar todos, levaria talvez outros vinte anos para publicar o livro, que teria pelo menos... quantas? Mil páginas?
Por isso, decidi criar este espaço quase como um Entrelinhas 2. Além de trazer verbetes que ficaram fora do Guia, minha ideia é analisar palavras e expressões lidas ou ouvidas, comentar ou completar os verbetes da edição do Entrelinhas, falar sobre desafios e dificuldades da tradução francês-português ou simplesmente dar palpites diversos e variados. São ideias que pretendo testar, e tomara que surjam outras pelo caminho. Nada de muito filosófico, linguístico ou transcendental, apenas uma visão prática da língua, ou melhor, das línguas com as quais trabalho. O objetivo, acima de tudo, é compartilhar e explorar possibilidades, mas sem a pretensão de estar sempre certa.
Acredito que, apesar de imperfeito e incompleto, o Guia Entrelinhas pode ajudar tradutores iniciantes ou até mais calejados, professores e estudantes de francês ou qualquer pessoa interessada em conhecer nuances desse idioma.
Gostaria de ver esta página se tornar um espaço de diálogo e trocas, onde possamos trazer dúvidas, dar e receber ajuda, compartilhar sugestões de leituras e cursos, e o que mais possa contribuir para consolidar nosso conhecimento da língua e nos tornar profissionais mais competentes. Portanto, fique à vontade: converse, comente, pergunte, responda, palpite. Em português ou em francês.
Para interagir, use o espaço para comentários do substack ou envie um e-mail para entrelinhas.guiatrad@gmail.com.
À bientôt !
* Se você conhece o Vocabulando, de Isa Mara Lando (ed. Disal), o Entrelinhas segue o mesmo modelo. Se não conhece, corra atrás!
A diferença entre os dois é a língua de partida: o Vocabulando trata de dificuldades de tradução do inglês, enquanto o Entrelinhas analisa dificuldades de tradução do francês.
Para comprar o livro impresso (por enquanto, disponível só no Brasil), clique aqui.
Para adquirir o e-book, aqui (Brasil) ou aqui (França).
E o que mais? / Et quoi encore ?
· As palavras e expressões que aparecem em itálico e na cor verde (ou melhor, quase sempre na cor verde) são verbetes apresentados no Entrelinhas. Como o Substack não oferece muitos recursos de formatação de texto (nem sublinhar eu posso!), o único jeito que encontrei para destacá-las foi criar links para o livro. Os links para outras páginas também aparecem na cor verde, mas em caracteres não itálicos.
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Primeiramente, parabéns por esse trabalho incrível. E em segundo lugar, muitíssimo obrigado pela generosidade de compartilhar conosco esse trabalho incrível.
Estou ansioso para ter o meu exemplar do livro, e vou adorar acompanhar você por aqui também !
Oi, Maria!! Acabei de encontrar a tua publicação aqui no Substack. Foi literalmente a primeira que apareceu pra mim quando joguei "tradução" ali na barra de pesquisa. Sou bacharelando em Letras português-francês, e é muito legal encontrar aqui no Substack alguém que tenha os mesmos interesses que eu.
Aliás, há uns dias atrás a biblioteca da minha faculdade me deu gratuitamente um exemplar surradinho dum livro chamado Histoire Rurale de l'Angleterre, do Lord Ernle, e traduzido do inglês pro francês por um sujeito chamado Claude Journot (publicado pela Gallimard, e já na sexta edição!)
Sei que fazer tradução de tradução não é a melhor das ideias, mas penso em traduzir algumas páginas desse livro pro português durante minhas férias — só por esporte, mesmo.